Resumo: O grupo de trabalho 12 “ UNIVERSIDADE E POLÍTICAS DE C&T NA AMÉRICA LATINA” tem como objetivo debater: 1) o papel da universidade na produção de conhecimentos na América Latina e sua relação com a sociedade; 2) as políticas de ciência e tecnologia na região, bem como suas potencialidades no sentido de promover a produção de conhecimentos necessários para a inovação social e a sustentabilidade do subcontinente.
Subtemas:
1-Universidade e produção de conhecimentos: produção e divulgação de CT&I;
2-Políticas de ciência, tecnologia e inovação – gestão, financiamento, avaliação;
3-Repercussões sociais de CT&I e sustentabilidade.
Justificativa: O debate sobre a universidade, seu papel como instância de produção de conhecimentos e suas relações com a sociedade ainda enfrenta sérios desafios no âmbito do Mercosul. O mesmo ocorre com os processos de formulação de políticas e de gestão de conhecimentos na América Latina, daí a importância de estudos e pesquisas nessas áreas. O fortalecimento do debate sobre essas temáticas se constitui em um suporte para ancorar os processos reguladores do continente visando o apoio ao desenvolvimento e a implementação de políticas de CT&I adequadas e colaborativas e também no sentido de apoiar trocas e desenvolver redes colaborativas para a produção de conhecimentos voltados a promover a sustentabilidade da região. O estabelecimento de efetiva proposta de parceria e diálogo entre pesquisadores de diferentes países reveste-se de fundamental importância para que a produção de ciência, tecnologia e inovação se dê em consonância com as problemáticas e necessidades locais, regionais e globais.
15/09 - 5ª feira - Tarde (15h00 às 17h00)
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Marilú Pereira Castro
A Formação de Recursos Humanos na Agenda da Política de C&T: O Caso do Nordeste Brasileiro
O conhecimento científico e tecnológico desempenha um papel crucial nos processos de desenvolvimento em países ou regiões periféricos. Sendo fundamental fomentar a formação de um capital intelectual qualificado, capaz de desenvolver as atividades de pesquisas necessárias a produção e consolidação de novos conhecimentos. Nota-se que o déficit de recursos humanos é um dos grandes obstáculos nos processos de desenvolvimento econômico, social e ambiental na atualidade. Na última década, no Brasil, as políticas de ciência e tecnologia estão orientadas principalmente, para a formação de recursos humanos qualificados, e em especial nas regiões onde historicamente existe uma escassez desta mão-de-obra qualificada para fazer pesquisa. No entanto, na consecução desta meta, é necessário, a articulação entre o governo, os órgãos de fomento, as instituições de ensino, entre outros atores envolvidos na dinâmica de formação de recursos humanos. Neste processo, também é imprescindível, a criação de uma infra-estrutura propícia a pesquisa, conseguida por meio da criação e ampliação de programas de pós-graduação de reconhecida qualidade, da concessão de bolsas e auxílios que necessárias a investigação científica e tecnológica. Neste sentido, este trabalho faz uma análise dos principais resultados das ações da política de ciência e tecnologia voltadas a formação de recursos humanos qualificado na região Nordeste.
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Maíra Baumgarten Corrêa
Universidade, conhecimento e sociedade – pesquisa, redes e inovação social
Esse trabalho trata de interações entre universidade e sociedade, avaliando repercussões sociais de pesquisas produzidas na universidade. Especificamente nosso trabalho tem sido de construir instrumentos para avaliação de efeitos sociais de ciência, tecnologia e inovação produzidas na universidade e suas potencialidades no sentido de melhorar as condições de vida de populações e os níveis de sustentabilidade de diferentes coletividades locais. Os indicadores de repercussões sociais da pesquisa que vem sendo desenvolvidos possibilitarão avaliar formas e condições de transferência do conhecimento científico e tecnológico para a sociedade, os tipos e âmbitos de apropriação social desses conhecimentos, bem como, verificar efeitos da pesquisa em termos de geração de tecnologias sociais e de inovação social, fornecendo instrumentos para a ampliação das mediações entre universidade e sociedade.
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MARTHA BETHANIA COSTA PEREIRA
Neoliberalismo e Seguridade Social – Desafios para o século XXI
As transformações econômicas, sociais e políticas decorrentes da emergência da crise do capital, no início da década de 1970, deram suporte à introdução e ao desenvolvimento da estratégia neoliberal. Tal estratégia vem se expandir, no Brasil, a partir da década de 1990, causando interferências diretas para as políticas sociais, em especial para a Seguridade Social que havia se consagrado formalmente por meio da Constituição de 1988, instituindo o caráter de universalização das políticas sociais, no Brasil. O presente trabalho enfatiza os reflexos da estratégia neoliberal para a Seguridade Social brasileira, desembocando nas contra-reformas ocorridas ao final do século XX, para a Previdência Social, bem como as novas tendências para a Seguridade Social, no século XXI, em face também do aumento da longevidade em nossa sociedade.
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